Qual a diferença entre ISO e ASA na fotografia?
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Já ouviu falar sobre o ASA e o DIN na fotografia? Antes do ISO ser o padrão, esses termos eram fundamentais para entender a sensibilidade à luz nas câmeras. Neste post, vamos contar um pouco sobre a história por trás desses termos e quando o ASA se transformou oficialmente no ISO.
O que é ASA na fotografia?
O ASA, sigla para "American Standards Association", foi um sistema de classificação desenvolvido nos Estados Unidos para medir a sensibilidade à luz dos filmes fotográficos. Essa medida era crucial para determinar a exposição adequada de uma imagem. O ASA utilizava um sistema de numeração, como ASA 100, ASA 400, e assim por diante, para representar a sensibilidade do filme à luz.
A história do ASA na fotografia remonta ao início do século 20, quando os filmes fotográficos se tornaram amplamente utilizados. Naquela época, os filmes eram feitos de emulsões sensíveis à luz, contendo grãos de prata suspensos em gelatina. A sensibilidade do filme estava diretamente relacionada ao tamanho e à quantidade desses grãos de prata.
Sensibilidade do ASA nos Filmes Fotográficos
Os filmes fotográficos são essencialmente emulsões sensíveis à luz aplicadas em uma base flexível, geralmente feita de plástico. Essa emulsão contém grãos de prata suspensos em gelatina. Quando a luz atinge esses grãos de prata, ela provoca uma reação química que resulta na captura de uma imagem latente no filme.
A sensibilidade do filme está diretamente relacionada ao tamanho e à quantidade desses grãos de prata. Filmes com grãos menores e mais finos eram considerados de baixa sensibilidade (ASA baixo), enquanto filmes com grãos maiores eram mais sensíveis à luz (ASA alto). A sensibilidade do filme determinava sua capacidade de capturar detalhes em condições de pouca luz e sua capacidade de reproduzir cores com precisão.
Classificação da Sensibilidade do ASA
Antes da adoção global do ISO, a sensibilidade dos filmes era classificada pelo ASA, que significa American Standards Association. O ASA atribuía um número de classificação ao filme, como ASA 100, ASA 400, ASA 800, etc. Esse número representava a sensibilidade do filme à luz.
ASA Baixo: Filmes com valores ASA baixos, como ASA 100, eram ideais para condições de luz abundante, como fotografias ao ar livre em dias ensolarados. Eles produziam imagens nítidas com grãos finos.
ASA Médio: Filmes com valores ASA médios, como ASA 400, eram versáteis e adequados para uma ampla gama de condições de iluminação. Eles eram populares entre fotógrafos amadores e profissionais.
ASA Alto: Filmes com valores ASA altos, como ASA 800 ou superior, eram usados em situações de pouca luz ou quando se buscava um efeito granulado na imagem. Eles sacrificavam um pouco de nitidez em troca de uma maior sensibilidade à luz.
Como o ASA se compara ao ISO?
O ASA e o ISO são essencialmente a mesma coisa, mas com nomes diferentes. O ASA foi amplamente utilizado nos Estados Unidos, enquanto o ISO era adotado internacionalmente. A transição do ASA para o ISO foi feita para criar um padrão uniforme e facilitar a compreensão global. Portanto, se você estiver familiarizado com o ASA, a transição para o ISO é perfeitamente simples.
Quando o ASA se tornou ISO?
A transição oficial do ASA para o ISO ocorreu em 1987. No entanto, o processo de unificação dos padrões de sensibilidade à luz teve início em 1974, quando a International Organization for Standardization (ISO) começou a trabalhar na criação de um único padrão internacional. Esse processo culminou em 1987, quando o ASA foi aposentado e o ISO se tornou o padrão universal para medir a sensibilidade à luz em filmes e câmeras.
Por que a mudança para ISO aconteceu?
A mudança do ASA para o ISO aconteceu para eliminar a confusão que surgia devido a diferentes sistemas de classificação em diferentes regiões do mundo. Ter um padrão global facilitou a comunicação e a compreensão entre fotógrafos, fabricantes de câmeras e laboratórios de fotografia em todo o mundo.
DIN outro termo usado para medir a sensibilidade na fotografia
Antes mesmo do ASA e do ISO, havia outro sistema de classificação chamado DIN, que significa Deutsches Institut für Normung (Instituto Alemão de Padronização), foi um sistema de classificação desenvolvido na Alemanha. Ele media a sensibilidade do filme à luz de maneira diferente do ASA ou ISO. Enquanto o ASA e o ISO usam números crescentes para indicar maior sensibilidade à luz (por exemplo, ASA 100, ASA 400, ISO 200, ISO 800), o DIN usava uma escala diferente.
A escala DIN começa em 21 DIN, que é considerado equivalente a 100 ISO e a cada aumento de três unidades no DIN, a sensibilidade do filme duplicava. Portanto, 24 DIN era equivalente a 200 ISO, 27 DIN a 400 ISO e assim por diante.
Para converter DIN em ISO, você basicamente adiciona três unidades ao valor DIN. Aqui está a conversão de algumas classificações DIN comuns para ISO:
- 21 DIN = 100 ISO
- 24 DIN = 200 ISO
- 27 DIN = 400 ISO
- 30 DIN = 800 ISO
E assim por diante! :)
Embora o ASA não seja mais o protagonista na fotografia, ele deixa sua marca na história. A transição para o ISO marcou um passo importante para a fotografia, simplificando a vida dos fotógrafos em todos os cantos do mundo. O ASA, desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento da fotografia analógica. Era como um guia que ajudava muitos fotógrafos a escolher o filme certo para as condições de iluminação específicas.
Com a mudança para o ISO, a medição da sensibilidade à luz se tornou mais precisa e universal, beneficiando fotógrafos em todo o mundo. Agora, independentemente de onde você esteja ou que tipo de câmera esteja usando, o ISO oferece um padrão comum e compreensível. É um testemunho da evolução técnica na fotografia e como a busca pela simplicidade e eficácia impulsionou essa arte ao longo dos anos. Portanto, embora o ASA tenha saído de cena, sua influência continua a ser sentida na forma como capturamos o mundo ao nosso redor.
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