5 dicas para conquistar seu espaço na fotografia de moda

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Entrar para esse mundo da fotografia de moda pode não ser nada fácil. A competição é grande e marcas e publicações já têm seus queridinhos. Mas isso não impediu Higor Bastos de correr atrás do seu sonho.

Ele começou a carreira como modelo, então teve essa vantagem por já estar dentro deste mercado. Mas, com apenas 18 anos, saiu da frente das câmeras e foi para o lado de trás em busca do sucesso que não via possível nas passarelas.

Agora, apenas seis anos depois, com 24 anos, o histórico de Higor já é de gente grande no meio. Ele já fotografou para marcas como Dolce & Gabbana, Miu Miu, Giorgio Armani e Louis Vuitton. Fez trabalhos para revistas como Vogue, Marie Claire, GQ, PaperMen e Glamour. E só no último ano esteve nos Estados Unidos, Inglaterra, Itália, França, Suíça, Bélgica e África do Sul.

A profissão era a evolução de um sonho de criança, que era ser diretor de cinema. Sempre apaixonado pela sétima arte, quando entrou no mundo da moda viu essa paixão se transferir para a fotografia.

Claro que uma coisa não anula a outra. Tanto que Higor afirma que suas principais referências ainda vêm do cinema. “O trabalho de Woody Allen e do estilista que se transformou em diretor Tom Ford são minhas inspirações. O Tom Ford, em especial, é um exemplo perfeito desse encontro entre moda e cinema. E a fotografia nos filmes dele são sempre incríveis”, conta em entrevista ao blog.

Quanto à moda em específico, Higor se revela fã do trabalho dos fotógrafos Guy Bourdin e Helmut Newton.

Mas por que a fotografia de moda? Segundo ele, pela liberdade que ela dá ao fotógrafo. “Acho que a imagem de moda é livre para poder contar, em diferentes formas, a história que quiser. Existem certas cenas que imagino na minha cabeça e que gosto de transferir para a foto. Na moda, posso fazer o que quiser, por mais surreal que seja”, diz.

Essa liberdade existe, inclusive, na relação entre as marcas e o fotógrafo, garante Higor. Segundo ele, mesmo que o conceito da sessão já venha definido pela marca ou revista, na maioria das vezes ele tem grande liberdade para criar em cima do proposto.

“Parece mentira, mas quanto maior a marca, mais eles confiam no seu trabalho. E quanto menor, mais inseguros são. Trabalhei recentemente para a Dolce & Gabbana e em todos os momentos eles me perguntavam se eu estava gostando, se estava dentro da minha linguagem e se eu estava feliz com as opções escolhidas. Já marcas pequenas ditam o que querem sem conhecimento algum, são prepotentes. Claro que não é uma regra”, afirma.

Só que não é só as exigências das marcas e publicações que devem preocupar o fotógrafo de moda. Ele tem que estar atento constantemente ao que está rolando nesse universo que muda constantemente. Adaptar a foto às tendências, acompanhar o desejo do mercado e do público. É um estudo constante, que no momento aponta para a máxima do menos é mais.

“Acho que o ‘fresh’ do momento é o básico, mas isso vai de pessoa para pessoa. Acho que grandes marcas como Gucci e Balenciaga mudaram demais as imagens de moda nos últimos dois anos. Está tudo muito clean hoje em dia.”

A pedido da EPICS, Higor listou algumas dicas para fotógrafos que desejam entrar nesse mercado tão competitivo e conquistar seu espaço: